Camily e Laura
As estudantes do Campus Osório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Camily Pereira dos Santos, 18 anos, e Laura Nedel Drebes, 19, receberam o Prêmio Jovem da Água de Estocolmo. O projeto que foi contemplado na premiação criou absorventes. O protótipo foi desenvolvido a partir das fibras da palmeira juçara e da bananeira. “É um invólucro de tecido e no interior dele vai o nosso refil absorvente, composto pela camada plástica que substitui o plástico convencional, e no meio estão as fibras que nós extraímos do pseudocaule da bananeira. É um material similar ao algodão”, explica Laura. Do resíduos de cápsulas de medicamentos, as estudantes criaram um biofilme que envolve a parte interna do absorvente e é colocado dentro de suportes feitos com sobras de tecido. Este absorvente alternativo aos convencionais além de permitir o reaproveitamento de produtos que seriam descartados, também é de baixo custo sendo uma alternativa para tratar a pobreza menstrual.
“Jamais imaginei que, uma simples ideia que eu tive através de uma conversa com a minha mãe poderia se tornar o projeto que representaria o meu país em um prêmio internacional. Foi uma comemoração conjunta, tanto em Estocolmo como no Brasil também, pois nada disso seria possível sem todo o apoio e carinho das pessoas que fizeram parte da nossa trajetória”, diz Camily. “Fico muito feliz de ter a oportunidade de ter mulheres tão inspiradoras ao meu lado como a Laura e a professora Flávia. E saber que estamos contribuindo na luta contra a pobreza menstrual e por uma sociedade mais sustentável através da ciência”.
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