Naine Terena
Naine Terena, ativista, educadora, artista e pesquisadora indígena
“Quando decidi ser pesquisadora, já tinha em mente que não seria fácil. O que é pesquisa no Brasil, não é mesmo? Sempre tive forte apreço pelas artes e pela comunicação. Cada vez mais as integro, quando preciso falar algo. Fiz o mestrado em Artes porque queria muito voltar a fazer teatro (fiz teatro por muitos anos, antes da graduação). Mas tudo sempre caminhava para o contexto indígena”.
Filha de mãe indígena da etnia Terena e pai Cuiabano, transitando entre a cidade e a aldeia, Naine Terena, se questionava sobre a diversidade de mundos e realidades.
Atua entre a prática educativa e a produção audiovisual, contribuindo para projetos de valorização e difusão das culturas indígenas. Seu contato com as artes começou desde muito jovem, seu pai era artista visual e trabalhava em um museu e sua mãe artesã. Da periferia de Cuiabá tornou-se mestre em artes pela UnB e doutora em educação pela PUC-SP. Hoje é docente na Faculdade Católica de Mato Grosso e integra a Rede Multimundos de pesquisas da UFMT, onde coordena o projeto de pesquisa ‘Lab Gentes’ com enfoque em arte, educação, movimentos sociais e tecnologias. Foi curadora da primeira mostra de arte indígena da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Véxoa: Nós sabemos, e uma das curadoras do festival de arte indígena rec•tyty. Uma das organizadoras do livro Povos indígenas no Brasil: Perspectivas no fortalecimento de lutas e combate ao preconceito por meio do audiovisual. Em sua trajetória, Naine enfatiza “ O que mais vemos é não indigéna fazendo trabalhos sobre indígenas. Precisamos resgatar a memória indígena, que não é do passado e sim com passado. É viva”.
Saiba mais em:
https://www.instagram.com/reel/CrN-mW7gyal/?igshid=YmMyMTA2M2Y=
http://lattes.cnpq.br/9166774663920965
https://revistacontinente.com.br/edicoes/196/depoimento--naine-terenanente